terça-feira, 18 de agosto de 2015

Quem foi Adam Weishaupt ?















Fundador dos Illuminati da Baviera de 1776, nascido em Ingolstadt
em 1748, morreu em 1811. Alcançou o posto de professor em 1772
na Universidade de Ingolstadt. Havia sido educado pelos jesuítas,
mas adquiriu uma antipatia por eles, e em sua vida profissional, logo
estava em conflito com todo o clero, em parte porque ocupou a
cadeira de Direito Canônico, que sempre havia sido ocupada por um
eclesiástico. Em conferências com seus alunos, implantou idéias
liberais sobre religião e filosofia, e logo percebeu que em uma
estreita associação de pessoas iluminadas ou intelectualizadas
poderia avançar o desenvolvimento das qualidades morais e
intelectuais de si mesmo, bem como nos outros. Esta idéia se
materializou como os “Iluminados” ou “Illuminati”, que a princípio não
tinha qualquer ligação com a Maçonaria. Em 1777, foi admitido na
Loja Theodore do Bom Conselho (traduzido por alguns como Loja
Theodore de Atenção), em Munique, e a partir desse momento, ele
procurou interrelacionar os assuntos de seu grupo Illuminati com a
Maçonaria.
Ele logo formou uma associação com o Barão von Knigge, um
homem capaz e honesto do norte da Alemanha, e os dois poderiam
ter conseguido seus objetivos se não fosse pela oposição do clero
católico romano. Tanto Weishaupt como Knigge não concordavam
com algumas das “interpretações rituais” destes. Da literatura sobre
o tema do Iluminismo e das observações cáusticas de escritores
maçônicos, podemos supor que essa ordem ou movimento durou um
longo tempo, mas todo o drama começou com a organização dos
perfectibilistas em 1766 e, 18 anos depois, em 1784, o governo
bávaro baniu todas as associações secretas, inclusive a Maçonaria.
No ano seguinte, Weishaupt foi dispensado de seu cargo na
universidade e banido do país fugiu para Gotha onde encontrou asilo
com o Duke Ernest naquela pequena cidade, permanecendo lá até
sua morte em 1811. Em Gotha, ele publicou uma série de obras,
tratando ser do Iluminismo: “Uma imagem do Iluminismo” 1786, “A
história completa das perseguições dos Illuminati da Baviera”, 1785
(onde apenas o primeiro de dois volumes planejados fora publicado),
“Uma desculpa para a Illuminati,” 1786; “Um sistema melhorado de
Iluminismo”, 1787, e ainda outros.
Os escritores mais aprofundados sobre o assunto dão crédito a
Weishaupt pelo fato de sua literatura ser de alto caráter moral de um
profundo pensador. É interessante notar que seu associado, Knigge,
falou com grande respeito de seus poderes intelectuais. Parece,
contudo, que ele era vítima de pelo menos duas forças poderosas:
em primeiro lugar, o ódio vingativo da Igreja de Roma e do governo da
Baviera e, por outro, o seu próprio julgamento inadequado de como
iniciar um movimento secreto revolucionário tendo como
fundamentos o Iluminismo.

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